10 de setembro de 2011

A teus pés



Há em teus pés peculiaridades tantas.
Quisera eu, despojado, desnudar a todas.
Pequenas intimidades que estão permitidas.
São por mim plenamente ensejadas.

São vestidos a contento para cada ocasião.
Calçados tão somente ornamentam a perfeição
Tua dona os exibe à sua própria satisfação.
Representam o Céu para quem está ao chão.

Por sobre o desejo de quem os venera caminhas.
Pés deslizam solenes enquanto distraída passeias.
Conduzem a estatura voluptuosa de tuas pernas.
Submetem ao fascínio tantas vidas alheias.

De tantas facetas essa mulher se compõe.
Surpreendentemente ávida em tanta mansidão.
São inumeráveis mulheres em conversão.
Resultando apenas uma em permanente erupção.

(Ricardo Mann)


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