23 de abril de 2010

Alice in Wonderland (ou no País das Maravilhas)

Estréia hoje a versão de Tim Burton para esse clássico da literatura inglesa escrito por Lewis Carroll. Já foi avisado que há muitas diferenças em relação ao original. No filme Alice não é uma criança e sim uma adolescente que “volta” ao País das Maravilhas e “reencontra” todos os personagens da primeira visita antes de se tornar adulta e deixar de ter a imaginação tão fértil. É uma história que conhecemos desde criança, mas acho que são poucos os que realmente leram o livro. Resolvi corrigir isso recentemente, antes de saber que Alice voltaria aos cinemas. Encontrei uma edição inglesa de 1947 na casa da minha mãe e resolvi encarar. As ilustrações originais de “Sir” John Tenniel ajudaram nessa viagem lisérgica... Digo isso porque o Sr. Charles Dodgson (codinome: Lewis Carroll) deve ter tomado um ácido legal para escrever sua fábula. Não é à toa que foi escrita nos anos 60 (1862 he he he...). Além dos recursos imaginativos para criar personagens tão loucos (bem espelhados na sociedade inglesa), o eixo que conduz o livro são os diálogos totalmente sem sentido (nonsense para utilizar o jargão). Alice é uma criança questionadora e deixa muitas vezes seus interlocutores sem saber o que dizer. Qualquer adaptação cinematográfica que desejasse ser fiel ao original se tornaria um filme “cabeça”. Não há tanta ação ou aventura no País das Maravilhas de Lewis Carroll, mas uma agradável turnê pela loucura e imaginação humanas. Definitivamente não é uma leitura para crianças. Aos “adultinhos” que quiserem se aventurar, está dada a dica...